"Bom hoje vim compartilhar com vocês mais uma das minhas conquistas , por sinal a maior e mais satisfatória de todas , fui escolhido para fazer um quadro pra Antarctica , que seria exposto na lata , nos metrôs etc... em comemoração dos 130 anos da marca e homenageando os 450 anos do Rio de Janeiro, Obrigado Ambev , Link , Antarctica e os demais colaboradores !!! Aproveitem e dêem uma olhadinha nas outras artes em minha página do Facebook, alguma dúvida só entrar em contato por inox , ou whatsapp !!!
Carioca da extinta favela da Catacumba gosta mesmo da complexidade dos temas que pinta
ANDRÉ BALOCCO
Há 12 anos, Abelardo Roque trocou a função de mestre de obras pelos pincéis
Foto: Divulgação
Rio - As mãos, ainda calejadas, já não servem mais para quebrar o emboço das paredes. Há 12 anos, Abelardo Roque trocou a função de mestre de obras — “meu primeiro prédio foi na Avenida Copacabana 120” — pelos pincéis. E não se arrepende. Famoso na comunidade da Matinha e no circuito de obras de artes para turistas, o carioca da extinta favela da Catacumba, que recebeu o nome em homenagem a Chacrinha, gosta mesmo é da complexidade dos temas que pinta.
“Mas eu comecei por acaso. Minha filha pediu cartolina e guache para fazer um trabalho na escola e esqueceu comigo. Um dia, estava lendo uma revista que mostrava o passo a passo para pintar um quadro. Acabei tomando gosto”, conta ele.
A prova dos nove aconteceu quando levou a tela a um amigo chaveiro, na Tijuca, e ouviu dele que sua obra de estreia estava igual ao que tinha na sua casa. “Daí eu não parei mais”, conta. “Pintar é uma coisa que não me cansa. Eu vou morrer pintando.” QUADROS FICAM NA FEIRARTE E EM SANTA TERESA Hoje, Abelardo se orgulha de dizer que vive dos quadros que faz. A principal fonte de seu sustento é a Feirarte de Copacabana, no calçadão central da Av. Atlântica, próximo à Rua Miguel Lemos. Em Santa Teresa ficam suas obras mais complexas</MC>, inspiradas em Renoir e Di Cavalcanti. O artista que mais admira, no entanto, é o italiano Eduardo di Martino. “Amigo, nunca fui a um museu nem vi ninguém pintando”, conta. BUROCRACIA ATRASA REGISTRO EM AGÊNCIA Com a ajuda da filha Luana</MC>, ele tenta registrar seu ateliê na Agência Rio Máximo, de recepção turística. “Mas estamos parando na burocracia”, diz. A ideia é levar os visitantes que forem conhecer o Turano até sua casa, uma das principais atrações da favela.
Comecei a pintar com 43 anos depois que minha filha e comadre insistiram. Comprei uma revista e aprendi algumas técnicas. Meu primeiro quadro foi vendido para um amigo que elogiou bastante meu trabalho. Só comecei a expor com 50 anos. Hoje eu vivo da minha arte e tenho meu trabalho espalhado pelo mundo em países como Angola, Alemanha, Portugal, Japão, Panamá e Suíça.